quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Teses conspiracionistas

Passado o fim do campeonato, passada a premiação aos melhores - muito justa a consagração de Conca, por sinal -, o futebol entra naquela maré de especulações sobre quem vai pra onde. No Galo, fala-se em Toró e Juan, ambos ex-Flamengo. Seriam bons reforços, sem dúvida, muito embora o nome nem sempre diga nada. Haja vista a expectativa que, um ano atrás, a torcida atleticana teve com a chegada Vanderlei Luxemburgo e Diego Souza, pra citar só dois.
Aí voltamos à pergunta que não quis calar o ano inteiro: o que provocou a derrocada abissal do Atlético sob o comando de Luxemburgo?
Tenho algumas teses conspiracionistas sobre a questão. Primeiro: o treinador, em conluio com cartolas, agiria como uma espécie de vampiro do clube, disposto a depenar o glorioso centenário e faturar em negociações de atletas. Quando a vaca caminhava célere para o brejo, era visível que ele não se importava com nada. "Se o Atlético cair pra Série B, vou junto", disse ele.
Ora, isso é inadmissível. Ele não tinha brios. Acho que os jogadores viam isso e não davam o sangue, não punham a perninha. A mudança de treinador, dessa forma, era condição única para mudança.
Sendo menos conspiracionista, acho que o caminho é este mesmo: há muito tempo Luxemburgo deixou de ser técnico e se meteu a empresário, cartola. Ele quer dirigir clubes, não times. Não treina, não impõe um estilo de jogo, nada. Quase conseguiu rebaixar dois grandes clubes este ano.
Escapamos por um triz. Mas tenho certeza que há muito, mas muito mais carne embaixo desse angu.

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